O encontro ocorre em meio a um cenário de tensões renovadas, após declarações recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, e do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.
Trump expressou sua frustração nas redes sociais, afirmando que "é muito difícil negociar com Xi". Por sua vez, Bessent alegou que as negociações haviam estagnado, acusando a China de descumprir parte do acordo da trégua, especialmente em relação às terras raras.
Apesar do recente aumento nas tensões, há expectativas positivas para o encontro. Na última negociação, as tarifas entre os dois países caíram de 145% para 30%, surpreendendo analistas que não esperavam avanços significativos.
Gabriel Monteiro, analista de economia da CNN, destaca: "O histórico dessas reuniões entre as equipes dos Estados Unidos e da China tem sido positivo. Entretanto, é improvável que cheguemos a um acordo definitivo rapidamente, especialmente considerando que a China é o principal alvo comercial dos EUA".
Enquanto as negociações com os EUA continuam, a China tem aproveitado a situação para expandir sua influência global.
O presidente Xi Jinping realizou visitas a diversos países do sudeste asiático, anunciando novos acordos comerciais.
Monteiro observa: "A China está aproveitando esta janela de oportunidade em que muitos países estão insatisfeitos com os Estados Unidos por conta das taxas impostas. Isso tem permitido à China expandir sua influência no sudeste asiático e pressionar por maior presença na América Latina, incluindo o Brasil".
O analista ressalta que, apesar das oportunidades criadas pela tensão com os EUA, a China ainda enfrenta desafios:
"Quanto mais tempo durar a guerra comercial, mais espaço a China terá para manobrar. No entanto, ter uma barreira nos Estados Unidos não é nada favorável para as contas públicas chinesas".
O resultado dessa reunião em Londres será crucial para determinar o futuro das relações comerciais entre as duas potências e o impacto na economia global.