Segundo a polícia, o primeiro caso investigado ocorreu em 7 de março, quando um motoboy de 32 anos foi sequestrado em Sapucaia do Sul enquanto realizava uma cobrança na cidade. A vítima foi abordada por homens armados, ao estacionar a moto, e levada para um cativeiro. Durante o tempo em que permaneceu refém, sofreu agressões físicas e constante ameaça por armas de fogo.

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Já em 28 de abril, de acordo com a investigação, a mesma organização criminosa sequestrou um empresário, a esposa e a filha do casal, de 13 anos. Os bandidos abordaram as vítimas na própria casa, em Canoas, e as levaram para o mesmo cativeiro usado no crime anterior. Desta vez, exigiram R$ 500 mil, conseguindo extorquir R$ 200 mil antes de libertar a família.

Em outro caso, em 2 de abril, em Esteio, um colombiano foi atraído para um local sob o pretexto de realizar um empréstimo financeiro. Ao chegar ao endereço indicado, foi sequestrado por criminosos e levado para uma área de mata, onde foi brutalmente torturado. Os criminosos exigiram inicialmente R$ 20 mil, mas acabaram forçando a vítima a solicitar que a esposa transferisse R$ 5.000 para contas controladas pelo grupo.

A investigação revelou ainda que a organização possui uma estrutura bem definida, com divisão clara de funções entre os membros. Alguns são responsáveis pela abordagem e contenção das vítimas, outros pela vigilância do cativeiro, e há ainda aqueles especializados nas negociações e no recebimento dos valores extorquidos.

Além dos presos desta quinta-feira, outros dois suspeitos já estavam na cadeia. Eles foram autuados em flagrante pelos crimes de extorsão mediante sequestro qualificado, roubo majorado pelo concurso de agentes e emprego de arma, associação criminosa, receptação e estelionato.

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