Fontes próximas ao titular da Justiça dizem que a relação entre os dois ministros sempre foi marcada por tensões nos bastidores, mas a situação teria escalado após as ações recentes da Polícia Militar da Bahia, que lidera o ranking de mortes violentas do Fórum Nacional de Segurança Pública.
Por um lado, aliados de Dino reclamam que críticas à política de Segurança Pública da pasta e a defesa da tese de desmembramento da área da Justiça teriam partido de petistas com o aval de Rui Costa, que foi governador da Bahia e elegeu o atual chefe do executivo baiano.
Por outro, pessoas do entorno de Costa dizem, em conversas reservadas, que o ministério do pessebista teria sido omisso diante da narrativa da truculência da polícia do estado.
O primeiro gesto de reaproximação de Dino foi descartar de forma contundente uma intervenção federal na Bahia e dizer que esse tipo de ação só ocorre quando há falta de atuação do governo.
Em seguida, o ministro da Justiça se reuniu com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para “alinhar” novas estratégias de um trabalho conjunto entre as forças de segurança baianas e federais.
Dino também anunciou que em outubro fará a entrega da Delegacia da Polícia Federal em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado.
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